Câncer de Mama em Cadelas: Prevenção, Sintomas e Tratamento

O câncer de mama em cadelas é uma das neoplasias mais comuns em fêmeas caninas, especialmente as não castradas. Assim como em seres humanos, ele pode variar de benigno a maligno, sendo fundamental o diagnóstico precoce para aumentar as chances de sucesso no tratamento. Neste artigo, vamos explorar como o câncer de mama afeta as cadelas, os principais sinais e sintomas, e quais são os métodos disponíveis de diagnóstico e tratamento.

O que é o Câncer de Mama em Cadelas?

O câncer de mama, ou tumor mamário, ocorre quando há um crescimento anormal das células nas glândulas mamárias. Essas células podem formar massas (nódulos), que podem ser benignas (não cancerosas) ou malignas (can, e, portanto, podem se espalhar para outros órgãos, como os pulmões e os linfonodos, se não tratados a tempo.

As cadelas não castradas, ou castradas após os dois anos de idade, estão em maior risco, pois a exposição prolongada a hormônios como estrogênio e progesterona é um dos principais fatores de risco. Raças como Poodles, Spaniels, Dachshunds e Terriers parecem ter uma predisposição genética para desenvolver tumores mamários.

Sinais e Sintomas de Câncer de Mama em Cadelas

O diagnóstico precoce é crucial no tratamento do câncer de mama, e os tutores devem estar atentos a qualquer sinal de anormalidade nas glândulas mamárias do seu animal de estimação. Aqui estão os principais sintomas:

1. **Presença de nódulos ou caroços**: O sintoma mais comum é o aparecimento de um ou mais nódulos nas glândulas mamárias. Esses nódulos podem ser pequenos no início, geralmente de consistência firme ou endurecida, e podem aumentar de tamanho ao longo do tempo.

2. **Mudança na aparência da pele**: A pele que cobre os nódulos pode apresentar mudanças, como ulcerações, vermelhidão ou áreas inflamadas. Em alguns casos, a pele pode parecer retraída ou ter uma textura diferente.

3. **Secreções anormais**: Em algumas cadelas, pode haver a presença de secreção nas mamas, que pode ser sanguinolenta ou purulenta.

4. **Sensibilidade ou dor**: Apesar de nem sempre causarem dor, alguns tumores podem fazer com que o animal sinta desconforto ao ser tocado na região das mamas.

5. **Letargia e perda de apetite**: Nos casos mais avançados, o animal pode apresentar sinais sistêmicos, como cansaço excessivo, perda de apetite e até perda de peso.

6. **Dificuldade para respirar**: Se o câncer tiver se espalhado para os pulmões, o animal pode ter dificuldade para respirar ou apresentar tosse.

Como Diagnosticar o Câncer de Mama em Cadelas?

O diagnóstico do câncer de mama em cadelas requer uma avaliação veterinária detalhada. O veterinário geralmente realiza uma série de exames clínicos e de imagem para determinar a natureza do tumor e se ele se espalhou para outros órgãos.

1. **Exame físico**: O primeiro passo é um exame físico, no qual o veterinário palpa as glândulas mamárias em busca de nódulos ou irregularidades. A localização e o tamanho dos nódulos serão observados.

2. **Punção aspirativa com agulha fina (PAAF)**: Esse é um procedimento simples e pouco invasivo, no qual uma amostra de células é retirada do nódulo para análise citológica. Esse exame ajuda a determinar se as células são benignas ou malignas.

3. **Radiografias e ultrassonografia**: Para verificar se o câncer se espalhou para outras partes do corpo, como pulmões ou órgãos abdominais, o veterinário pode solicitar exames de imagem, como radiografias ou ultrassonografia.

4. **Biópsia**: Se o diagnóstico citológico não for conclusivo, uma biópsia, onde uma porção maior do tecido é retirada e analisada em laboratório, pode ser necessária para determinar o tipo exato de tumor.

Tratamento do Câncer de Mama em Cadelas

O tratamento do câncer de mama em cadelas depende de vários fatores, como o tamanho do tumor, a presença de metástases (disseminação do câncer), e o estado geral de saúde da cadela. As principais opções de tratamento incluem:

1. **Cirurgia (Mastectomia)**: A remoção cirúrgica do tumor, conhecida como mastectomia, é o tratamento de escolha para a maioria dos casos. Dependendo do tamanho e da localização dos tumores, pode ser necessária a remoção de uma ou mais glândulas mamárias. Nos casos de tumores múltiplos ou maiores, uma mastectomia completa (remoção de todas as glândulas mamárias de um lado) pode ser indicada.

2. **Quimioterapia**: Em casos de câncer mamário maligno, especialmente aqueles que já se espalharam para outros órgãos, a quimioterapia pode ser usada como complemento à cirurgia para destruir células cancerosas remanescentes. No entanto, nem todos os tumores respondem bem à quimioterapia, e o veterinário irá avaliar a necessidade caso a caso.

3. **Radioterapia**: Embora seja menos comum em animais do que em humanos, a radioterapia pode ser uma opção em alguns casos de câncer de mama que não são passíveis de cirurgia ou que estão muito avançados.

4. **Cuidados paliativos**: Nos casos em que o câncer está muito avançado e o tratamento curativo não é mais uma opção, os cuidados paliativos podem ajudar a manter o conforto e a qualidade de vida da cadela. Isso pode incluir o controle da dor, administração de medicamentos para sintomas específicos e ajustes na alimentação.

Prognóstico

O prognóstico para cadelas com câncer de mama varia de acordo com a rapidez com que o diagnóstico é feito e o tratamento iniciado. Tumores mamários benignos têm uma excelente taxa de cura após a remoção cirúrgica. No entanto, nos casos de câncer maligno, o sucesso do tratamento depende de fatores como o tamanho do tumor, presença de metástases e resposta ao tratamento. Tumores maiores ou mais invasivos podem ter um prognóstico mais reservado.

A castração precoce (antes do primeiro cio) é uma das formas mais eficazes de prevenir o câncer de mama em cadelas, reduzindo drasticamente o risco de desenvolvimento de tumores mamários ao longo da vida.

Conclusão

O câncer de mama em cadelas é uma condição séria, mas tratável se detectada precocemente. O monitoramento regular, a observação de mudanças nas glândulas mamárias e a consulta com um veterinário ao primeiro sinal de anormalidade podem salvar a vida do seu pet. Se diagnosticado, um plano de tratamento adequado, incluindo cirurgia, quimioterapia ou cuidados paliativos, pode proporcionar qualidade de vida e aumentar as chances de recuperação.

Previna-se, Cuide-se e cuide da sua fofolhota!